e a gente vê e ouve cada coisa que mexem aqui dentro!

31 março 2012

Trabalho num hospital e diariamente ouço historias e presencio situações das mais diversas formas,
vejo de perto historias alegres, tristes, milagres e despedidas... isso mexe com o pscicológico de qualquer um, e não adianta, passa o tempo que for e você já pode achar que esta vacinada e nada mais te abalará, até que passa por poucas e boas que te desmontam por dentro:
Dentro de um hospital você aprende lições de vida do nível básico ao avançado, as vezes na marra, mas essa história não sai da minha cabeça, foi a que mais me impressionou, e o pior é não ter feito nada em relação, não saber o que fazer na situação, mesmo me sentindo obrigada a fazer alguma coisa.
Vejam só que curioso, estou repassando o que eu ouvi e foi o suficiente pra me abalar:
Na sala da enfermagem, passagem de plantão da maternidade, a enfermeira do plantão noturno falando sobre como todos os RN e suas mãezinhas passaram a noite. Dai ela diz que teve problemas no decorrer do plantão com uma mamãezinha que mais parecia um garotinho, se tratava de uma garota homossexual que foi estuprada pelo padastro e optou por ter o bebe, seu unico motivo pra não ter a criança era não ter coragem de fazer um aborto, mas inconscientemente na hora do parto ela dificultou muito tudo e não conseguiu ajudar e expelir o bebê, foi um tanto complicado...
E agora com esse bebê no colo ela não sabe trocar fraldas, não consegue amamentar, não tem o minimo jeito com a criança, sem contar que chora muito....

Tudo que eu sei até agora sobre essa historia é isso, juro que quero saber o fim dessa historia, auxiliar ela pscicologicamente e pessoalmente, pelo que sei ela se afastou do mundo e precisa muito de alguem nesse momento... tô super mal com essa historia! O que vai ser dessa criança? e dessa garota?
E pra ajudar hoje tive um plantao daqueles que não deu tempo de ir ve-la, e amanhã estou de folga, provavelmente na segunda ela já tenha ido embora, a sensação que tenho é de que não vou conseguir dormir....não sei o que fazer diante da situação, mas juro que quero ajudar de alguma forma!

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